QUEM SOMOS
TERROIR
A Casa de Santar vinhos está historicamente ligada à produção de vinho. Fundada no final do século XVIII, é uma das mais icónicas adegas do Dão. Estes vinhos são reconhecidos pela sua tradição, autenticidade e nobreza, razões que tornam esta marca do Dão tão especial e reconhecida pelos seus 200 anos de história.
Junto à adega da Casa de Santar, podemos ver no horizonte vários hectares de vinha, algo muito raro nesta parte do país.
A parcela mais nobre de Santar é a Vinha dos Amores, uma encosta com um solo e exposição solar com características únicas, onde cultivamos as melhores uvas Encruzado e Touriga Nacional. Foi neste terroir que nasceram alguns dos vinhos mais elegantes de Portugal, que obtiveram altas pontuações e prémios de críticos nacionais e internacionais.
Características do terroir
- Relevo acidentado.
- Solo com terroir, predominantemente granítico a norte, e xistoso a sul.
- Clima com larga amplitude térmica.
- Verões quentes e secos e Invernos frios e chuvosos.
- Condições condicionadas pelas Serras da Estrela, Caramulo, Lousão, Buçaco, Nave e Açor que protegem Santar dos ventos marítimos.
Principais Castas
Touriga Nacional: é a casta mais nobre e histórica da região. Origina vinhos com bom teor alcoólico, aromas intensos, encorpados, taninos nobres e com longo envelhecimento.
Encruzado: a mais nobre das castas brancas. Com bom teor alcoólico, aromas complexos, frescos e relativamente secos.
Alfrocheiro Preto: origina vinhos com aromas finos, que ganham complexidade com o envelhecimento.
Jaen: teor alcoólico regular, aromas intensos de fruta muito madura. Taninos de qualidade e de grande suavidade.
HISTÓRIA
Santar, um território que deslumbra.
Denominada de a “Princesa das Beiras,” Santar é uma vila da região do Dão rica em história, tradição e beleza arquitetónica, conhecida pelos seus vinhos de qualidade, casas senhoriais e monumentos históricos. Elevada a vila em 1928, destaca-se pelos nobres solares, como o Paço dos Cunhas e o Solar dos Condes de Santar, e pelas suas igrejas históricas, como a Matriz de Santar e a da Misericórdia. A vila é caracterizada pelo seu casario em granito e ruas estreitas, preservando traços senhoriais e um legado arquitetónico único.
Com raízes económicas na exportação de vinho e milho para o Brasil no século XVII, Santar mantém o vinho como o seu principal recurso. A emblemática Vinha dos Amores, outrora um local romântico conhecido como Alto dos Amores, onde os antigos casais da vila de Santar se encontravam para namorar às escondidas, foi transformada em vinhas de Touriga Nacional e Encruzado, em que cada uma com a sua característica produzem em perfeita simbiose com a Natureza, os emblemáticos vinhos Casa de Santar.
A vila é ainda hoje um exemplo vivo de herança e identidade, pois preserva um núcleo muito interessante de casas de várias tipologias. A casa rural popular, a burguesa letrada e abastada e, os grandes solares, cuja existência se mistura, por vezes, com a História de Portugal. Com uma paisagem deslumbrante, um património arquitetónico rico e a tradição da viticultura, Santar atrai visitantes que procuram conhecer os vinhos do Dão, explorar as suas rotas históricas e desfrutar da beleza das suas quintas e jardins. Santar preserva o título de uma das vilas mais nobres e belas do Concelho de Nelas.
REGIÃO
7- Carregal do Sal
8- Tondela
9- Nelas
10- Gouveia
11- Mangualde
12- Viseu
13- Oliveira de Frades
14- Penalva do Castelo
15- Celorico da Beira
16- Sátão
17- Aguiar da Beira
Em 1908 foi criada a Região Demarcada do Dão. Localizada no centro de Portugal, na província da Beira Alta, foi a primeira região demarcada de vinhos não licorosos do país, sendo conhecida como a Borgonha Portuguesa.
Os vinhos do Dão combinam na perfeição com a gastronomia da região. Têm uma excecional acidez, aromas complexos e delicados. O seu carácter, complexidade, equilíbrio e elegância e potencial de envelhecimento distinguem-nos de todos os outros.
Com cerca de 20 000 hectares de vinha, em aproximadamente 376 000 hectares de terra, a Região do Dão estende-se por:
Coimbra: Arganil, Oliveira do Hospital, Tábua;
Guarda: Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia;
Viseu: Carregal do Sal, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, Sátão, Tondela e Viseu (em parte)
VITICULTURA
Tratamento das Vinhas ao Longo do Ano
A Viticultura é acompanhada de forma meticulosa ao longo das estações:
Inverno: Prevenção de doenças do lenho durante o repouso vegetativo.
Primavera/Verão: Monitorização e controle biológico ou químico de pragas (cigarrinha verde, traça da uva) e doenças fúngicas, como míldio e oídio.
Cuidado na Gestão das Vinhas
O Cuidado na gestão das vinhas permite ajustar a produção de acordo com o tipo de vinho, com rendimentos médios de 6-8 ton/ha para castas tintas e 8-10 ton/ha para castas brancas. Técnicas como a poda e a monda de cachos asseguram uma maior ou menor produção.
Maturação das Uvas
O processo de Maturação é um dos momentos mais determinantes na viticultura, estendendo-se desde o início do pintor até à colheita, quando o bago atinge o ponto ótimo de maturação.
O Pintor é o que marca o início de uma transformação visual das uvas. É a fase em que as bagas começam a mudar de cor:
Nas castas tintas, o verde transforma-se gradualmente em tons ligeiramente rosados.
Nas castas brancas, o verde opaco torna-se ligeiramente translúcido, e ao toque a polpa deixa de ser dura e passa a uma textura ligeiramente mole.
Este é um processo que pode durar entre 35 a 55 dias, dependendo essencialmente de cada região/casta.
Durante esta fase crucial ocorrem vários fenómenos dos quais se destacam a acumulação de açucares, diminuição do teor de ácidos, migração das matérias minerais, modificação das paredes celulares, evolução das substâncias azotadas, evolução dos compostos fenólicos e a evolução das substâncias aromáticas.